segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


(inventado)

Hoje sentei-me na janela do meu quarto, o dia parecia crer fazer cara feia, mas o sol ganhou a toda aquela escuridão e a todas aquelas nuvens e o dia tornou-se lindo e sorridente. Mas porque é que também não é assim na minha vida? Pergunto-me várias vezes, mas também obtenho sempre a mesma resposta, ou seja, nenhuma. Parece que tudo isto não passa de um ciclo vicioso, e o pior é que quanto mais nos tentamos afastar dele, mais ele se aproxima de nós. Olhei á minha volta e deparei-me na confusão em que o meu quarto se encontrava, nunca percebera porque é que demorava tanto tempo a arruma-lo e tão pouco a desarruma-lo, mas apesar disso decidi dedicar-me a isso mesmo, á arrumação do meu quarto. Enquanto o arrumava encontrei uma pequena caixa, não me recordava dela, voltei a sentar-me na minha janela e abri a caixa, e pensei "bem, como és antiga" aparentemente, apenas tinha alguns papeis soltos, alguns deles até estavam um pouco sujos, talvez encontrados no meio da rua, por muito que tentasse não me estava a lembrar deles, até que li um e percebi o que eram. Aqueles papeis eram de alguns anos atrás, não muitos, apenas um ou dois, mas aqueles papeis tinham um significado para mim, eram de quando eu expressava os meus sentimentos a qualquer hora e em qualquer lugar, quando os sentia escrevia-os, para mim tinham de ser escritos no momento, se não não tinham o mesmo significado, parecia que não eram verdadeiros, por isso pegava em pequenos papeis que rasgava das folhas dos meus cadernos ou que encontrava no momento e escrevia e quando chegava a casa punha naquela pequena caixa. Hoje ao recordar todos estes pequenos momentos de mim, vejo como tudo pode mudar em pouquíssimo tempo, e oh, como eu sou perita nisso, mas raramente mudam para o que eu quero. E como eu gostava que um raio de sol mudasse a minha vida, tal como mudou o dia.

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